Monday, October 23, 2006


Igreja Matriz De Galafura



Pesquisa de Património - Detalhe Identificação


Designação: Conjunto constituído pela Igreja de São Vicente, matriz de Galafura, campanário e cruzeiro


Categoria / Tipologia: Arquitectura Religiosa / Conjunto


Localização

Divisão Administrativa: Vila Real / Peso da Régua / Galafura
Endereço / Local: Galafura

Protecção

Situação Actual: Classificado

Categoria de Protecção: IIP Imóvel de Interesse Público

Decreto: 8/83, DR 19, de 24-01-1983


Descrições

Nota Histórico-Artistica

Implantada no centro da localidade, a igreja matriz de Galafura é antecedida por um adro, fechado pelo campanário que se desenvolve sobre um arco de volta perfeita. O cruzeiro, mais afastado, ergue-se no largo fronteiro ao templo. Não se sabe ao certo em que época terá sido edificada a igreja, mas é possível que remonte ao final do século XVII. A campanha decorativa do interior, mais tardia, é datável do início de Setecentos. A imponente estrutura do campanário levanta algumas questões, às quais não podemos, no entanto, responder cabalmente. Em todo o caso, não é de abandonar a ideia de que este seria parte integrante da antiga fachada do templo, com as sineiras sobre o portal principal (SERENO; TEIXEIRA; NOÉ, Ficha de Inventário da DGEMN, IPA n.º 1708030003, 2002). Assim, sobre o arco de volta perfeita, flanqueado por pilastras, ergue-se o friso que suporta a dupla sineira, terminando o conjunto com uma cruz central e dois pináculos laterais. Contrastando com esta primeira entrada, a fachada do templo surge bem mais depurada, com portal de verga recta, e óculo oval moldurado. No frontão triangular abre-se um nicho em arco de volta perfeita, com moldura decorada por motivos geométricos e aletas, exibindo a imagem de São Vicente, a quem a igreja é dedicada. No interior, de nave única, coro alto e púlpito, destaca-se a talha que envolve o arco triunfal, de volta perfeita. Esta, dourada e policromada nas figurações de anjos e querubins, integra e envolve os dois retábulos colaterais, formando um conjunto único, de grande impacto, como um grande retábulo, cujas aduelas (que cortam transversalmente as arquivoltas) têm continuidade nos caixotões do tecto, pintado com motivos do hagiológio católico. Já o retábulo-mor, também dourado e policromado, é mais tardio, revelando, em determinados elementos como as grinaldas, uma época de transição para o neoclassicismo. No tecto da capela-mor, também em caixotões, os motivos são fitomórficos. A importância da igreja no século XVIII encontra-se bem documentada no número de confrarias que aí tinham a sua sede - São Vicente, Santíssimo Sacramento, Santo Nome de Jesus, Nossa Senhora, São Sebastião, Santo António, Santa Bárbara e Espírito Santo (SOUSA, GONÇALVES, 1987, p. 410). Por fim, o cruzeiro, que ostenta a data de 1760 numa das faces do plinto (as outras são decoradas por um losango inscrito num rectângulo), desenvolve-se a partir de uma base em forma de esfera, decorada por caneluras. A cruz, de secção quadrada, exibe decoração de enrolamentos e uma roseta no cruzamento dos braços.
(Rosário Carvalho)


Fonte texto: www.ippar.pt

1 Comments:

Blogger nahar said...

Um bom trabalho :)

Mon Oct 23, 12:01:00 PM  

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